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13ª: PASSA-TEMPOS

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PASSA-TEMPOS foi uma ação realizada no SESC Teresópolis e no SESC Nova Friburgo, pelo FESTIVAL SESC DE INVERNO, em agosto de 2016

A 15ª edição do Festival SESC de Inverno, que acontece nas cidades de Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, este ano teve como tema o Tempo, além do slogan Reinventando o Momento.

 

O Projeto Performanciã esteve presente na programação das cidades de Teresópolis e Nova Friburgo, realizando mais duas Oficinas de Performanciãs (no período entre 12 e 18 de agosto de 2016). Com processos curtos - porém, muito proveitosos -, de apenas dois dias de aula e mais um dia de apresentação, os grupos de 15 idosos inscritos em cada cidade para as oficinas se prepararam, através de jogos e dinâmicas para realizarem a performance relacional PASSA-TEMPOS.  

 

No primeiro dia, foi apresentada brevemente aos grupos a linguagem da performance, contando com alguns exemplos de performanciãs já realizadas, exibidas em telão e explicadas pelo oficineiro e idealizador do Projeto Performanciã, Marcelo Asth. Logo em seguida, um exercício de apresentação em duplas foi proposto, no qual essas duplas conversavam sobre suas vidas e trajetórias por um tempo estipulado de dez minutos e depois cada um apresentava ao grupo a pessoa com a qual conversou. Este exercício tinha como intenção o despertar da oralidade e comunicação de cada participante e o poder de memorização das histórias compartilhadas. Também nesse dia outros assuntos foram tratados, como o envelhecimento, o poder de expressão através das artes, o idoso na sociedade, entre outros.

 

Já no segundo dia, os idosos foram preparados para a performance PASSA-TEMPOS. Essa ação interativa teve como proposta a criação de um espaço de jogos oferecidos pelos participantes ao público geral, com classificação etária livre. Os dois jogos oferecidos foram o “Quebra-Cabeça” e o “Jogo da Memória”. Tais jogos tinham como temática o tempo,  a narrativa da memória pessoal e social, as transformações vivenciadas por cada um e pelos espaços das cidades de Teresópolis e Nova Friburgo, por onde a oficina passou. No ato de inscrição, previamente às oficinas, foi solicitado que os participantes trouxessem ao SESC uma fotografia antiga pessoal. 

 

Essas fotografias foram transformadas em grandes quebra-cabeças em dois estilos: um com 20 peças e outro, de montagem mais fácil, com peças triangulares de encaixe. O Jogo da Memória foi confeccionado com fotografias antigas das cidades, em baralhos variados contendo 8 pares de fotografias, cada um. Tanto um jogo quanto o outro, em sua montagem ou “partida” realizada, tinha como fio condutor o compartilhamento da memória do idoso – que no caso do quebra-cabeça contava sua história pessoal e sua trajetória de vida e no Jogo da Memória, a cada par formado pelo jogador, contava um pouco sobre aquele espaço e sua relação com ele.

 

Neste segundo, foi feita uma dinâmica de meditação guiada e de olhos fechados, com todos sentados em cadeiras dispostas em círculo, com uma trilha sonora para conduzi-los a um estado de relaxamento e abertura para a imaginação e rememoração de acontecimentos na vida de cada um. Esse exercício trazia a experiência de volta ao passado, através da figura de um grande espelho posicionado em um salão monumental. Por esse espelho, os idosos puderam rever e imaginar etapas de suas vidas. Quando crianças viam-se brincando com algum objeto em algum espaço afetivo da infância e também podiam dizer algo importante a si mesmo naquela idade, como um preparo para a vida, uma dica, ou um incentivo. Ao se verem jovens, atravessavam o espelho e passeavam pelas ruas da cidade de braços dados consigo mesmos. Ao se verem adultos, puxavam essa imagem para fora do espelho e dançavam por esse grande salão, até fundirem-se em si mesmos – o idoso e o adulto – e viajarem como cometas em alta velocidade a uma estrela brilhante – até chegarem onde estavam, nas salas onde as oficinas estavam acontecendo. Após essa experiência, forma passados os principais pontos para o sucesso da proposta interativa da performance, como regras do jogo: ativação de um estado de presença pelo olhar e pela cordialidade em receber alguém para jogar com suas memórias; aprender ou rememorar como se jogam os jogos oferecidos; dinâmicas de cada jogo e suas regras; tempo de narrativa de cada um na adequação do tempo de realização do jogo, por parte do espectador-participante; e outros pontos importantes.

 

As performanciãs PASSA-TEMPOS aconteceram em espaços abertos e de circulação do grande público do SESC (transeuntes ou pessoas atentas à divulgação da programação do Festival), com diversas mesas de jogos dispostas com duas cadeiras, convidando o público para a participação. As ações aconteceram nos últimos dias das oficinas.

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